domingo, 27 de junho de 2010
sábado, 26 de junho de 2010
Soy Celeste!
Como é bom poder desfrutar de momentos tão emocionantes que só uma Copa do Mundo pode proporcionar. O renascimento da Celeste foi um belo presente dado para todos os amantes do futebol e de sua história, e não somente aos uruguaios.
Nunca é demais ressaltar: É um pequeno país com pouco mais de 3 milhões de habitantes e que já há algum enfrenta graves problemas populacionais, os jovens abandonam o país e partem para a Europa a procura de melhores empregos. E o que tudo isso afeta no futebol? Em tudo!
Obvio que quanto menor a população menores são as chances de opções para surgirem talentos ou até mesmo jogadores comuns, e isso reflete na seleção. Sem contar o problema do êxodo de jogadores ainda muito jovens para a Europa, se o problema afeta os clubes brasileiros e argentinos, imaginem os uruguaios; há anos sofrem demasiadamente com esse problema, sequer conseguem organizar um campeonato nacional decente por conta dele, apesar de ter clubes com grande tradição.
A Celeste assim é chamada porque na década de 20 conseguiu o feito de ganhar duas medalhas de ouro olímpicas, fato que colocou pela primeira vez a América do Sul no cenário do futebol, pois como naquele tempo ainda não existia a Copa do Mundo eram os jogos olímpicos que determinavam quem era a melhor seleção do mundo. E foi justamente no Uruguai que a Copa do Mundo nasceu, em 1930, e a Celeste Olímpica consagrou-se como primeira campeã. Seu segundo título viria em 1950, no famoso Maracanazzo.
Com uma história tão rica quanto bonita era triste demais ver o Uruguai fora do cenário mundial, que ela própria ajudou a construir. Que Forlan, Suarez, Lugano e etc continuem lutando na África do Sul para que continuemos a vê-la no papel de protagonista da história e não mais uma mera figurante! Avanteeee, Celeste!!
Para comemorar, deixo aqui um trabalho comercial belíssimo da 'cervejaria' Pilsen em homenagem a Celeste:
Beldades da Copa - Lucas Podolski
- Data de Nascimento: 4 June 1985
- Altura: 180 cm
- Número da camisa: 10
- Posição: Atacante
- Clube atual: FC Cologne (GER)
- Jogos Pela Seleção: 77
- Gols Pela Seleção: 40
- Primeira Partida Internacional: Alemanha - Hungria (6 June 2004)
Apesar de ser ainda muito jovem, já dá para falar muita coisa sobre Lukas Podolski: é um astro do futebol alemão, o "príncipe" de Colônia, um jogador com um canhão na perna esquerda e um amante do futebol. Após ser eleito o melhor jogador jovem da Copa do Mundo da FIFA 2006, "Poldi" não só conquistou os corações dos alemães, como também virou símbolo de esperança do futebol tricampeão mundial. Só que, nos últimos tempos, o atacante está enfrentando um período de baixo astral e já não mostra mais aquela explosão ofensiva de outrora.
Sete dias antes do início da Copa do Mundo da FIFA 2010, Podolski celebra o seu 25º aniversário. O fato de ele já ter disputado 70 jogos pela seleção alemã revela toda a sua categoria. Nascido em Gliwicze, Polônia, Lukas se mudou para a Alemanha com os pais quando tinha apenas dois anos. Aos dez, entrou para a escolinha de futebol do Colônia para aperfeiçoar as suas habilidades. Lá ele mostrou tanta confiança que, em novembro de 2003, acabou sendo aproveitado no Campeonato Alemão.
Os seus dez gols em 19 jogos na primeira temporada na liga principal da Alemanha e a sua simplicidade no trato com as pessoas fizeram com que Podolski caísse nas graças da torcida local e virasse uma celebridade na cidade da noite para o dia. Posteriormente, porém, o time caiu para a segunda divisão e Podolski acabou sendo o artilheiro da "segundona", levando a equipe de volta à classe de elite do futebol alemão.
A incrível ascensão de Podolski não passou despercebida pela Federação Alemã de Futebol. Rudi Völler, então técnico da seleção, deixou o promissor atacante estrear pela Alemanha em um amistoso contra a Hungria, em Kaiserlautern. A ideia era dar experiência ao jogador, então com 19 anos, para aproveitá-lo na Euro 2004 em Portugal. Desde então, "Poldi" não deixou de disputar grandes torneios internacionais. Dois anos mais tarde, na Copa do Mundo da FIFA realizada no país germânico, ele formou uma excelente dupla de ataque com Miroslav Klose, levando o selecionado alemão à terceira colocação no torneio.
Quando o Colônia voltou a ser rebaixado na temporada 2005/2006, ficou claro que o atacante, depois da Copa do Mundo da FIFA 2006, não ficaria mais no time do seu coração. Podolski se mudou para o Bayern de Munique, onde enfrentou o pior momento da sua carreira. Enquanto mantinha o alto nível jogando pela seleção, Podolski tinha de se contentar em ser reserva de Luca Toni e Klose. Apesar de ter vencido duas vezes o Campeonato Alemão e de disputar a Liga dos Campeões, não se sentia à vontade em Munique. Resolveu, então, retornar ao seu clube de origem. Houve muitas expectativas por parte da torcida com a volta de Podolski ao Colônia, expectativas essas que acabaram não se concretizando, pelo menos até agora.
Homem de família, com uma língua afiada e sempre de bom humor, Podolski é um jogador de muita garra. Canhoto, possui uma grande força nos chutes e muita qualidade técnica. Frequentemente fica boa parte do jogo sem aparecer muito, e de repente, em um lance genial, surpreende a todos. Não é um matador, mas vem do meio de campo para levar perigo à meta adversária. Caso o técnico Joachim Löw implante o esquema tático 4-5-1 na seleção alemã, Podolski poderá atuar na Copa do Mundo da FIFA 2010 como meio-campista ofensivo e fortalecer o setor esquerdo do selecionado.
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Wellcome to the magic!
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Só o Brasil ficou de fora!
Beldades da Copa - Marchisio!
- Data de Nascimento: 19 de janeiro de 1986
- Altura: 179 cm
- Número da camisa: 15
- Posição: Meio-campista
- Clube atual: Juventus (ITA)
- Jogos Pela Seleção: 6
- Gols Pela Seleção: 0
- Primeira Partida Internacional: Suíça - Itália
(12 August 2009)
Produto do celeiro da Juventus, Claudio Marchisio é um dos pilares do clube desde a mais tenra idade. Capitão das equipes de juniores pelas quais passou, o meio-campista de personalidade forte faz parte das grandes esperanças bianconeri.
Na temporada 2006/07, sob o comando do técnico Didier Deschamps, Marchisio participou ativamente do retorno da "Velha Senhora" à primeira divisão desde que estreou na equipe principal do clube, no dia 29 de outubro de 2006. Na temporada seguinte, para que ganhasse mais ritmo de jogo, ele foi emprestados ao Empoli, com quem disputou 26 partidas.
De volta a Turim no segundo semestre de 2008, Marchisio logo recebeu a sua primeira chance na Liga do Campeões da UEFA, no empate em 1 a 1 com o Artmedia de Bratislava pela terceira rodada da fase preliminar. Eleito o décimo melhor jogador jovem da Europa pelo jornal britânico The Times no dia 14 de janeiro de 2009, Marchisio conquistou pouco a pouco a condição de titular no luxuoso plantel da Juve.
O jogador passou por todas as seleções de juniores da Itália e conta com 13 participações na equipe sub-21 do país. Ele disputou o Torneio Olímpico dos Jogos de Pequim em 2008, mas, vítima de uma lesão muscular grave, entrou em campo apenas uma vez. Com isso, demorou um pouco mais para que o atleta explodisse.
O técnico da seleção principal, Marcello Lippi, andava à procura de um jogador com as características de Marchisio e, no dia 12 de agosto de 2009, o meia estreou com a camisa da Azzurra em um amistoso com a Suíça. Alguns dias mais tarde, ele foi convocado novamente para enfrentar a Bulgária pelas eliminatórias para a Copa do Mundo da FIFA 2010, antes de voltar a aparecer em uma amistoso com Camarões realizado em março.
Dados e Texto: Fifa.com
terça-feira, 22 de junho de 2010
Copa do Mundo? Copa América!
Fabuloso!
Sobre Dunga e sua pequenez não anã!
Não sei se os amigos já pararam para refletir sobre isso… A Seleção é o maior patrimônio do nosso povo, da nossa história. Mais significativa que as fronteiras do país, é Ela, a Seleção, a única coisa que realmente une e iguala o brasileiro descalço do interior do Amazônia ao milionário que mora em uma cobertura nos Jardins, em São Paulo. O brasileiro que batuca no Pelourinho ao que usa bombacha e toma chimarrão no Rio Grande Sul.
A Seleção representa o único momento em que todo brasileiro ao mesmo tempo estufa o peito na hora de lembrar onde nasceu.
Vencer, não se discute, é o que há de mais de importante a ser feito por Ela em uma Copa do Mundo. Prefiro mil vezes ganhar como em 1994 do que chorar como em 1982. Mas isso não quer dizer que ganhar seja a única coisa que realmente importa…
Dói no meu coração (desculpem a frase piegas, mas ela é autêntica) ver que o cartão de visitas (”Prazer, Brasil”) de um povo alegre e do bem foi tomado pela mensagem do ódio, da ignorância, do rancor.
Os amigos podem achar que escrevo isso apenas porque um colega de emissora (e grande amigo) foi ofendido pelo Dunga, gratuitamente, após a vitória de 3 x 1 contra a Costa do Marfim. Isso é o de menos. A imprensa não tem essa importância toda…
A questão ali não era o alvo da ofensa (chula). Era de onde ela partiu. Era ver o sujeito que leva no peito o emblema do futebol brasileiro fazer o que fez: palavrões, raiva e rancor em uma solenidade da Fifa. Com o mundo inteiro vendo. E viu o quê? Que Dunga é “homem” e quem não aceita o convite para bater boca com ele é “cagão”.
Mas isso é ainda menos grave do que a cena, lamentável, mostrada pelo Sportv depois do jogo: Dunga xingando o Drogba na beira do campo. Os jogadores das duas equipes se abraçaram. Dunga preferiu xingar o atacante que, diga-se de passagem, foi quem apartou as brigas dentro de campo…
Drogba é um astro da Copa do Mundo e como amantes do bom futebol que somos (somos, não é?), queremos ver gente como ele em campo. Devemos estender a mão a eles. Mas nosso técnico, que só consegue enxergar três pontos na frente do nariz, o vê como “inimigo”.
Dunga precisa de inimigo como a gente precisa de oxigênio. Se cair em uma ilha deserta, vai sobreviver xingando coqueiros… Isso é achar que o mundo gira em torno do próprio umbigo – ou contra o próprio umbigo, melhor dizendo.
Tem gente que não sabe perder. Dunga não sabe ganhar.
No ano passado, aqui mesmo na África do Sul, depois da estreia na Copa das Confederações, um jornalista egípcio disse ao nosso treinador que o povo de seu país era apaixonado pela Seleção Brasileira. Mas que, na vitória por 3 x 2 contra os egípcios, ele não haviam visto “o futebol-samba” do Brasil. Queria saber o motivo disso. Pergunta boa e simpática. Sabem como foi a resposta?
- Queria ver se a gente tivesse uma semana de descanso, como teve o Egito antes do jogo, se vocês iam gostar de ver o nosso futebol. Aí eu queria ver se vocês iam gostar!
Eu fiquei com vergonha… Porque a Seleção não é do Dunga, a Seleção não é do Jorginho. A Seleção não é nem do Pelé! Muito menos da imprensa. A Seleção é do Brasil. E o Brasil, representado ali pelo Dunga, estava dando uma patada… na inofensiva imprensa do Egito!
Este ano, por uma escolha (triste) da CBF, a Seleção foi ao Zimbábue fazer um amistoso. O Zimbábue é presidido por um ditador sanguinário, o Robert Mugabe. E o que faz o nosso “embaixador Dunga”? Quando voltou de lá, sem saber do que estava falando, resolveu fazer um elogio sobre o pouco que viu daquele país. Poderia ter se calado (não foi ele que marcou o jogo, afinal…). Mas prefere passar por ignorante do que perder a chance de cutucar “seus inimigos”. Assim já havia sido quando questionou se a ditadura e a escravidão haviam sido tão ruins assim. Não fez por convicção. Fez porque assim abriria mais um confronto.
Dunga se alimenta de confrontos.
Ele fez o que fez depois de passar pela Costa do Marfim na segunda rodada. O que fará se vencer a Argentina na final? Vai morder a jugular do Maradona? Vai subir na mesa na hora da entrevista promovida pela Fifa?
Por falar em Maradona. Um maluco está conseguindo promover o futebol argentino para o mundo com uma mensagem de alegria e bom-humor – afinal, o que é futebol? É para a a gente parar e pensar sobre isso…
Dunga faz um bom trabalho como treinador e isso é reconhecido por 90% dos jornalistas que eu leio, assisto, escuto. Pela qualidade dos nossos jogadores, mais uma vez temos boas chances de ganhar a Copa.
É o que há de mais importante a ser feito aqui.
Mas, definitivamente, não era a única coisa importante que o futebol brasileiro poderia fazer na primeira Copa disputada em território africano.
Entre os muitos tipos humanos sobre a Terra, há os que amam odiar. Viciam-se na ira e nos seus filhotes - o rancor, a mesquinharia, o isolamento, a grosseria, a amargura, o deboche. Os brasileiros estamos expostos a doses cavalares de hostilidade, professada com paixão inapelável por um personagem fundamental nesses dias de Copa: ele mesmo, Dunga. O técnico da seleção mergulhou no fel, e com ele conduz seus dias - e os nossos - na África do Sul. Privatizou a grife esportiva mais famosa da Terra como se a ele pertencesse exclusivamente e, embriagado de raiva, distribui estupidez por quem lhe cruza o caminho. E, o horror, contaminou nosso jogo.
A mazela vem de longe. Volante de estilo opaco e resultado eficiente, Dunga esculpiu, à custa de muita perseverança, trajetória vencedora no futebol. Suas pernas grossas, de pés excessivamente voltados para dentro, semicurupira dos pampas, o conduziram pelos campos do planeta em jornadas gloriosas, do Mundial de Juniores de 1983 à Copa do Mundo de 1994 e por vários clubes do Brasil e do exterior. Em todos os lugares, na vitória, no empate e na derrota, teve como companheiro o ódio difuso, dirigido a inimigos que só ele enxerga, e a quem vive para destruir.
O emblema dessa história está tatuado no ápice de sua trajetória. Capitão do tetra, subiu a tribuna do Rose Bowl, na Califórnia, para receber a Copa do Mundo - e emoldurou a cena com uma torrente de palavrões. Como bem observou o jornalista Marcelo Barreto, Bellini e Mauro ergueram a taça sobre a cabeça, Carlos Alberto a beijou, Cafu recebeu-a no alto do púlpito - Dunga a xingou. A vingança parecia, afinal, consumada, mas a luta recomeçou no instante seguinte, e não terminará jamais, por travada contra adversários que inexistem. Só ele não percebe.
Agora, empossado na seleção como antídoto heterodoxo para o veneno do descompromisso que, diagnosticaram os cartolas, matou o Brasil em 2006, o técnico neófito, de experiência zero, radicalizou a truculência. À razão de (muitas) patadas, ignora a torcida, despreza a alegria do DNA nacional e fecha-se na lógica mafiosa abrigada no tal grupo. Por ele, sacrifica o prazer do jogo, esmaga a beleza, massacra a paixão e tortura a plateia.
Tudo resultado de uma obsessão que remonta à adolescência do treinador, dedicada a antecessores dele na seleção, jogadores apaixonantes, mas, de canarinho, derrotados. Quis o destino que Zico, Falcão, Sócrates, Júnior, Leandro, Cerezo e outros não conquistassem título algum pelo Brasil - mas tivessem mesmo assim morada eterna no coração da torcida. Os brasileiros somos inapelavelmente apaixonados pela beleza que marca suas biografias em campo. Os lances de 1982 serão relembrados à eternidade, como os mais belos de uma equipe desde a maior de todas, a de 1970. Muito além do ganhar e perder, o time da Copa da Espanha é uma espécie de filho pródigo, que não dá certo na vida, mas vira o favorito.
Dunga não se conforma. Nos corredores dos bunkers pelo qual se esgueira no comando da seleção trancada, costuma repetir um bordão, como um humorista desinspirado: "Não ganharam nada, nem nas divisões de base!", berra, histriônico. O sujeito indeterminado é conhecido de todos: a geração de 1982. Está correto - a turma boa de bola perdeu dois Mundiais, pouco participou de Copas América, não existia a Copa das Confederações. Os prontuários dos alvos da obsessão viraram um prato cheio para a vingança do professor.
Só que a cruzada masturbatória cai no vazio da falta de adversários. Os perdedores da Espanha engoliram o choro, sublimaram a tristeza e seguiram seus caminhos. Esculpiram carreiras festejadas em clubes, são cultuados por torcidas variadas, acumularam títulos e fama, fortuna e prestígio. Engrossam sem desconforto as homenagens aos mais bem-sucedidos em Copas, porque a vida, afinal, é muito mais do que ganhar ou perder uma taça. Assim, para Dunga, sobra o nada como alicerce do rancor.
No verão europeu de 2006, a patologia emergiu num convescote em Munique. O hoje técnico, então comentarista de TV (entre jornalistas, que tantas urticárias lhe causam), era um dos convidados da festa de abertura da Copa da Alemanha, que tinha como ponto alto um desfile dos campeões do mundo. No saguão do Dorint Sofitel, cinco estrelas da Bayerstrasse, ao lado da estação ferroviária da capital da Baviera, reuniram-se lendas da bola como Bellini, Ghiggia, Paulo Cesar Caju, Breitner, Bebeto, Bobby Moore, Passarella. Num dado momento, Dunga interrompeu a conversa com o capitão de 1958, num carrinho verbal merecedor de cartão amarelo:
- Nem adianta procurar aqueles jogadores que vocês da imprensa adoram. Aqui só tem campeão! - vociferou, com o mesmo olho vidrado e sorriso trancado que exibe nas coletivas n'África.
(O hoje técnico reconheceu o blogueiro, então comentarista do Sportv e assumido defensor dos craques brasileiros. Daí a provocação, que desembocou na foto ao lado, com Bellini e o repórter Antonio Maria Filho.)
Alguns interlocutores ficaram sem entender, e o capitão do tetra seguiu em frente. Desfilou com os campeões na Allianz Arena, sem saber que, meses depois, assumiria a seleção brasileira. No cargo, as neuroses acentuam-se a cada dia. Ressurgem em flertes com regimes racistas e totalitários - "Não posso falar da ditadura pois não vivi aquela época, assim como não posso ficar falando da escravidão" -, que materializam, de lambuja, a triste ironia da barbaridade saída da boca do filho de uma professora. Teimam no elogio constrangedor (para quem ouve) a tiranos bandidos, como Robert Mugabe - "No Zimbábue, vi crianças uniformizadas, educadas".
Vivem na imposição de uma rotina que, de tão autoritária, conseguiu a proeza de incomodar a Fifa, entidade que está longe de ser um esteio da democracia. E Dunga levou pitos públicos, que o forçaram a afrouxar um pouquinho os grilhões dos craques brasileiros, o chamariz mais poderoso do negócio Copa. "Sim, a seleção é minha, porque não é a da maioria dos presentes", arriscou-se, já na África, no estilo que, agora, com a bola e os problemas rolando, virou uma muleta para ele. Nas entrevistas que é obrigado a conceder, ataca os jornalistas como estratégia para não tratar do que é pago para fazer. Bobo é quem cai na arapuca. Mas aqui, o treinador acumula uma ou outra vitória.
Os sintomas aparecem também nas escolhas que formaram sua lista. Agarrado a um punhado de jogadores inegavelmente vencedor, trancou-se a novidades que poderiam lhe facilitar a vida e proporcionar alguma felicidade ao distinto público. Levou um grupo sem opções de mudança, que joga todo igual, com variações mínimas.
A oferta de mudança radical tem nome e apelido: Paulo Henrique Ganso. É verdade que, num calendário espremido, não houve tempo para testar o jovem talento do Santos. Mas está longe de ser problema insolúvel para uma cabeça mais criativa. Dunga poderia ter se permitido conversar com o craque e seu técnico - Dorival Jr, profissional sério até prova em contrário - para saber da possibilidade de levá-lo. Poderia encontrar-se com o jogador uma, duas, dez vezes, e apostar. (A recente operação de joelho do inquilino da camisa de Pelé não serve como desculpa; o procedimento se deu apenas para aproveitar o intervalo na temporada.)
A lista da Copa é uma cabeçada de 23 jogadores. Se Ganso sucumbisse à pressão, ficaria lá, sujando roupa como figurante sem fala nos treinos, um kleberson qualquer. Se desabrochasse, seria candidato a solução. Mas não. Na filosofia de Dunga, improviso e mudanças de última hora estão permanentemente banidos.
O desempenho meia-bomba de Kaká na estreia ganhou, assim, status de trapaça da sorte, diante das escolhas do treinador. A seleção vai na força de quem sempre ganhou no jeito (até em 1994, com Romário e Bebeto), no retrospecto que faz os adversários hesitarem, no time da defesa sólida e ataque pedestre, vítima, entre outros, do autonaufrágio de Adriano - ausência que, aliás, é um acerto do professor. Pode perfeitamente ganhar, como o fez na Copa América de 2007 e na Copa das Confederações do ano passado. Aí, o técnico vai se dar bem na alta aposta que fez. Mais do que ninguém, não pode fracassar, sob pena de o mundo cair-lhe na cabeça.
Mas se o hexa vier, não resolverá. De novo, o eterno vingador vai blasfemar o mundo e as estrelas, os punhos cerrados como nos tempos em que corria atrás da bola. Batman sem Coringa, não descansará, para recomeçar sua luta sem fim nem sentido, de apaixonado pelo ódio.
Dunga pode ganhar, mas, por pecados que são todos seus, jamais conseguirá vencer.
(Link p/ o post original do texto aqui )
segunda-feira, 21 de junho de 2010
A bola segue o craque!
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Perdeu? Veja! Já viu? Reveja! Parte 2
domingo, 13 de junho de 2010
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Beldades da Copa - Gourcuff!
Nome completo: Yoann Miguel Gourcuff