quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O ídolo que a Celeste tanto precisava!


E Forlán não é o único idolatrado, a homenagem se estende a quase todos os jogadores da seleção uruguaia, como pode-se ver no vídeo (Suárez, Lugano, Loco Abreu, etc).

A volta pra casa... Reflete a Campanha! Parte 3

'Show' de Pepe Reina durante os festejos nas ruas de Madrid:

Recepção da Família Real espanhola:

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A volta pra casa... Reflete a Campanha! - Parte 2


Video/Clipe especial da caravana:
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Discursos de Lugano, Loco Abreu e Forlan:
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Festa dos jogadores, cantando a musica-tema da seleção nessa Copa:
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Celeste - Marisa Monte e Renato Russo

Vê que o meu sorriso é verdadeiro
Meu coração está desperto

É sereno nosso amor e santo este lugar
Dos tempos de tristeza
Tive o tanto que era bom
Eu tive o teu veneno
E o sopro leve do luar

Porque foi calma a tempestade
E tua lembrança, a minha estrela

Da alfazema fiz um bordado
Vem, meu amor
É hora de acordar

Tenho jasmim
Tenho hortelã
TEnho um ceto de flores
Eu tenho um jardim e uma canção
Tenho o verão, tenho valor
Eu tenho um desejo e um coração
Vivo feliz, tenho amor
E eu vou cantar uma canção pra mim
Vem que é hora de acordar...

Vê que a minha forçã é santa
Como foi santo o meu penar

Pecado é provocar desejo
E depois renunciar

Porque foi calma a tempestade
E tua lembrança, a minha estrela

Vê que o meu corriso é verdadeiro
Meu coração está desperto
É sereno nosso amor e santo este lugar

Tenho jasmim, tenho hortelã
Eu tenho um anjo, eu tenho uma irmã
Com a saudade teci uma prece
E preparei erva-cidreira no café da manhã

Eu vou cantar uma canção
Eu vou cantar pra mim
Eu vou cantar uma canção
Eu vou cantar pra mim


terça-feira, 13 de julho de 2010

E agora José?

A Copa acabou...

Melhores da Copa...

O craque da Copa e ponto final

Momentos marcantes da comemoração espanhola

Rafael Nadal

Sara e Casillas

O futebol agradece

Apenas uma questão de fidelidade!

Desde que me conheço por gente e acompanho futebol (isso tem quase vinte anos) sei da 'dívida' que a Copa do Mundo tem com a Holanda. Assim como a Hungria em 1954 e o Brasil em 1982, foi a seleção que 'encantou o mundo' mas não ganhou o título. E o caso da laranja é ainda mais acentuado: foi vice-campeã seguidamente, 1974 e 1978, sendo que na primeira não só 'encantou o mundo', mas também revolucionou a forma de se jogar futebol, as táticas nunca mais seriam as mesmas depois do 'carrossel holandês', ou o 'futebol total', como preferia denominar o técnico Rinus Michells.

Não bastassem esses argumentos, ainda há o fato de sempre ter se mantido entre as grandes seleções não apenas com resultados, mas também apresentando um futebol de qualidade, com jogadores cheios de técnica. Com uma história tão rica e importante chega a ser injusto essa seleção não ter sequer uma estrela em sua camisa laranja; mas, pela enésima vez: futebol não é tribunal de justiça.

Torcer pela Holanda, como segunda seleção, sempre foi uma opção muito simpática nas Copas e adotada pela grande maioria dos torcedores, como uma espécie de 'merecimento' por tudo o que já haviam feito pelo futebol. Então veio a Copa de 2010, e a laranja parecia mais disposta do que nunca a ganhar a tão cobiçada estrela, porém, padeceu do mesmo mal que predomina os técnicos atuais: abdicar do bom futebol para assim obter resultados.

O time fugiu das características históricas da seleção, os únicos talhados de técnica eram Robben e Sneijder, mas os fracos adversários camuflaram essas características, o 'jogo feio' só pôde começar a ser visto nas quartas de final contra o Brasil. Não que a Holanda não tenha merecido aquela vitória, pelo contrário, a ótima atuação de Sneijder, autor dos dois gols, argumenta por si só. Mas a postura e forma de atuação da laranja em nada lembrava as seleções anteriores. O técnico Bert Van Marwijk obteve ótimos resultados nos dois anos de trabalho, chegando a Copa do Mundo com uma invencibilidade que perdurava desde as eliminatórias.

Foi na partida final contra a Espanha que a 'descaracterização' holandesa pôde ser inegavelmente percebida. O time entrou em campo com uma prioridade clara: Não deixar a Espanha jogar! Em uma própria constatação/confissão da superioridade adversária. Pior ainda foi a forma adotada parar parar o adversário. Sim, a falta é um recurso do jogo, mas o bom senso e o respeito também são.

E se a quantidade exacerbada de faltas (para o nível de uma Copa do Mundo) foi descabida, a assintosidade das mesmas foi absurda. E aqui entram as críticas ao árbitro Howard Webb, deixou a 'pancadaria' rolar solta nos primeiros minutos de jogo. A Espanha não pôde jogar e, claro, acabou 'entrando na pilha' dos holandeses. Inadimissível um jogador maldoso como Van Bommel terminar a Copa do Mundo sem um único cartão vermelho. Mas se o jogo foi 'amarrado' durante o tempo normal, na prorrogação a Espanha confirmou a superioridade, mesmo que o primeiro e unico gol do jogo tenha saído aos doze minutos do segundo tempo da prorrogação.

Com toda sua história tão rica, a laranja não merecia que seu primeiro título mundial viesse da forma que se desenhava nessa Copa do Mundo, seria uma incoerência, não, melhor, uma 'infidelidade' gigantesca com a história.

Renasceu!

Alguns céticos e insensíveis podem argumentar: 'Mas porque tanto destaque pro time que sequer conseguiu ficar entre os 3 primeiros?'. Se a análise for fria e apenas baseada nos números finais isso talvez pudesse ser levado em conta. Mas felizmente o futebol não é assim.

Se é especial poder acompanhar o surgimento de boas novas seleções na Copa do Mundo, o que dizer então do privilégio de ver o renascimento de uma bi-campeã das Copas? A Celeste é uma espécie de 'entidade' na história do futebol, tanto que, mesmo fora do cenário de destaque do esporte há anos, ainda assim é uma das poucas seleções também conhecida pelo apelido (no caso, Celeste), e não só pelo nome do país. Basta ter o mínimo conhecimento do cenário que antecedeu o surgimento do Mundial da FIFA (1930, exatamente no Uruguai) para entender a grande importância desse pequeno país sulamericano.
O Uruguai foi a primeira grande seleção da história a se destacar, quando conquistou o bicampeonato olímpico (1924 e 1928), o que abriu caminho para a América do Sul ter a importância que tem no cenário do futebol. Veio então a primeira Copa do Mundo, disputada em Montevidéu, e a Celeste confirmou o favoritismo sagrando-se a primeira campeã. O segundo título viria em 1950, no Maracanazzo. Se esse episódio é considerado a maior tragédia do futebol brasileiro, ao mesmo tempo é a maior vitória da história do futebol uruguaio, e uma das maiores façanhas das Copas. Na época muitos críticos brasileiros argumentaram 'Como pode um país com apenas 2 milhões de habitantes vencer o outro que tem mais de 50 milhões?', e os uruguaios sabiamente respondiam 'Em campo só entram onze de cada lado!'.

Particularmente partilho da opinião de Nelson Rodrigues, quando diz que 'no futebol o que procuramos é o drama!', posso dizer que naquela tragédia surgiu o 'país do futebol', a grande paixão dos brasileiros. Para exemplificar: Ao ver seu pai chorar a derrota de 1950 ao pé do rádio, Pelé, na época aos 9 anos, prometeu que lhe daria uma Copa do Mundo, o que de fato se concretizou 8 anos depois, com o menino, então com 17 anos, desesperado atrás de um telefone para se comunicar com o pai após aquela final contra a Suécia. Chega a ser irônico, com a derrota naquele fatídico Maracanazo nasceu a maior potência do futebol e, alguns anos depois, a seleção que saiu vitoriosa veria o futebol do seu país entrar em uma triste decadência.

Se o êxodo dos jogadores para a Europa é um dos males que assola o futebol brasileiro e, mais ainda, o argentino, então imaginem o estrago que isso causa em um país com população pouco maior que 3 milhões de habitantes. Os maiores clubes do país estão mais do que falidos, as jovens promessas partem cada vez mais cedo para o Velho Continente e a preços irrisórios. Juntemos isso a 'politicagem' de cartolas, um campeonato nacional falido, e encontraremos o triste cenário que há anos encontra-se o futebol do país. Os quarenta anos sofríveis e despercebidos da Celeste nas Copas é o maior reflexo de tudo isso.

Com todos esses aspectos, me digam se é possível amar o futebol e não ficar feliz com a campanha da Celeste? Não apenas por ter chegado as semifinais quarenta anos depois, mas principalmente por ter renascido com ídolos (Forlán, Lugano, Suárez...) e principalmente, abrilhantado a quase cinzenta Copa de 2010.